Ainda em queda, atividade econômica de microempresas e informais piora em junho

Índice SumUp do Microempreendedor registra queda de 12,04% em relação ao mesmo período de 2020; dados indicam que alta do PIB ainda não beneficiou os negócios de menor porte

A atividade econômica dos microempreendedores e profissionais informais segue em queda. É o que apontam os dados do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM), que atingiu 75,43 pontos em junho deste ano. O número representa uma queda de 12,04% em relação ao mesmo período do ano passado.

O ISM é desenvolvido pela SumUp, fintech de soluções financeiras para microempreendedores e profissionais autônomos. Inédito no Brasil, o ISM mede a atividade econômica com base nos dados de negócios de empreendedores informais e microempresas de todos os estados brasileiros e de mais de 30 ramos de atividades distintos.

Apesar do crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano – que aumentou 1,2% em relação ao período imediatamente anterior – indicar uma melhora da economia, o ISM aponta que a atividade econômica para os negócios de menor porte ainda continua fraca. Este é um importante indicador econômico para o País, uma vez que o Brasil possui 24,5 milhões de profissionais autônomos, segundo levantamento do IBGE realizado em 2020, o que representa mais de 11% da população nacional.

“O ISM é importante porque funciona como um termômetro da economia para uma parcela da população que nem sempre é levada em consideração nos levantamentos econômicos. Neste caso, os números mostram que o cenário ainda é desafiador para os microempreendedores e os profissionais informais”, explica Carlos Grieco, diretor de meios de pagamento da SumUp.

“Apesar da recuperação da economia sinalizada pelo crescimento positivo do PIB, os valores do ISM de junho mostram que os micro, pequenos e médios negócios não estão sentindo essa retomada. A recuperação dessas empresas será mais lenta, pois é atrelada ao desemprego e, consequentemente, ao consumo. Enquanto não houver uma recuperação do emprego, os micro, pequenos e médios negócios devem continuar operando com bastante dificuldade”, acrescenta Renan Pieri, professor da Fundação Getúlio Vargas e responsável por formular o índice.

Em relação a maio deste ano, o ISM registrou queda de 5,09%. Na ocasião, o Índice ficou em 79,47 pontos.

Como funciona o ISM

A divulgação do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM) é uma contribuição da SumUp para o País com o intuito de ampliar o acesso às informações sobre a economia brasileira. O ISM é calculado a partir de um método estatístico robusto, mas simples, que permite explicar o desempenho do setor micro varejista, com base nas vendas processadas pelas maquininhas da SumUp.

A metodologia de criação do ISM consiste na seleção de benchmarks, escolha de um indicador de referência para ajuste estatístico do modelo, ponderação e colapso de dados e estimativa econométrica. O gráfico resultante permite entender o comportamento do mercado para microempreendedores no Brasil nos últimos anos e cada valor representa a variação percentual do ISM em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Sobre a SumUp  

A SumUp oferece soluções financeiras diversificadas para micro e pequenos negócios. Criada na Europa em 2012, a empresa possui mais de 2.500 colaboradores ao redor do mundo, 14 escritórios e operações em 34 países. No Brasil, está presente desde 2013, empregando 1.000 pessoas, sendo 60% mulheres e 24% LGBTQIA+.

Nascida como uma empresa de maquininhas de cartão, a SumUp se transformou em uma companhia de soluções completas, como banco digital, links de pagamento e empréstimos. Em março de 2021, a fintech anunciou um aporte de 225 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) na operação brasileira, a fim de expandir seus negócios e seguir empoderando microempreendedores do País.